Absurda intenção contra o turfe brasileiro

Assim como Kenlova, esperamos cruzar o disco da vitória com as corridas sendo mantidas no JCSP

Ano eleitoral e atrocidades começam a aparecer, visando o ‘lucro’ pessoal de alguns governantes, que veem na política um local de fazer fortuna e não para cuidar e proteger a população. Numa canetada do prefeito Ricardo Nunes, o absurdo projeto de lei 691/2022 de autoria do vereador Xexéu Tripoli (União Brasil) foi sancionado na tarde de quinta-feira, dia 27 de junho de 2024.

No tal projeto, os vereadores querem acabar com as apostas em cavalos de corrida e fechar o Hipódromo de Cidade Jardim, visando transformar o mesmo num parque para a população de São Paulo. Ora bolas, a Prefeitura de São Paulo já tomou a Chácara do Ferreira com tal propósito e querem mais? E, vale lembrar, que o Jockey Club de São Paulo já é um parque, com entrada gratuita e segurança para todos, bancado pelas apostas e pelos sócios do clube, sem necessidade da Prefeitura gastar um real sequer com o espaço.

De repente, começa a sobrar dinheiro na Prefeitura de São Paulo para ‘arcar’ com despesas do Jockey Club de São Paulo? Mais impressionante ainda é como tais valores surgem na mesma época que os endereços em volta do clube de corridas podem receber novos projetos imobiliários e milionários?

Senhores vereadores e prefeito de São Paulo, a comunidade turfística e a população de São Paulo não é burra. O interesse é acabar com centenas de empregos (jóqueis, treinadores, veterinários, comissários de corrida, alimentação, vestuário, profissionais do campo que criam os cavalos, entre outros) em prol de se criar novos edifícios com valores exorbitantes para alguns poucos ganharem mais dinheiro ainda.

O interesse é comercial, fica claro. O Jockey Club de São Paulo foi o primeiro a atender (e criar) normas específicas para o bem estar animal. Normas essas aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tem lei federal que rege as corridas de cavalo no Brasil. Porém, meia dúzia de vereadores e um prefeito interessados nos próprios bolsos estão aquém de uma atividade centenária e necessária.

Quantas crianças residentes na capital paulista teriam a chance de ver um cavalo de perto se não fosse o Jockey Club de São Paulo. Basta ir com os pais e assistir a beleza que é um cavalo.

Outro ponto que me surpreende é justamente na mesma época que é aprovada lei federal para termos bingos e outros tipos de apostas no país, os vereadores e prefeito de São Paulo querem acabar com a aposta em cavalos de corrida que é sancionada por lei federal há décadas. Talvez seja o medo do Jockey Club de São Paulo trazer mais adeptos e se tornar ainda mais forte, com isso acabando de vez o desvaneio imobiliário dessa classe política?

     Talvez essa lei caia no colo do STF, para comprovar a inconstitucionalidade da mesma.

Karol Loureiro

Jornalista

PS: Esse Tripoli quer tripudiar dos nossos cavalos de corrida. Em tempo, querem acabar com as corridas, mas para onde vão os cavalos? Quem vai pagar pelos mesmos? E quem vai arcar com os empregos perdidos?